Há 30 anos… dia 9 de dezembro de 1985.
“Se existe alguém de quem não me importo muito em perder, esse é Stefan. Ele é um grande amigo”.
Mats Wilander é, realmente, um “esportista da mais alta categoria”, como descreveu o site do International Tennis Hall of Fame, o hall da fama do tênis.
Derrotado na final do Australian Open de 1985, no que poderia ser seu tricampeonato na terra do canguru, mostrou grandeza e espírito esportivo. Elegante como só os gigantes são, fez questão de exaltar o novo campeão, o compatriota e amigo Stefan Edberg, que conquistava ali seu primeiro Grand Slam, aos 19 anos de idade.
Um título indiscutível, a começar pela partida final: placar de 3 a 0, com parciais de 6-4, 6-4 e 6-3, em apenas 93 minutos, contando o início interrompido pela chuva. Edberg quebrou Wilander no décimo game do primeiro set, no terceiro do segundo e, por fim, no terceiro e nono do set final. Incontestável.
A caminhada do jovem sueco até a taça teve duelo semifinal épico na grama australiana – o piso permaneceu até 1987, aliás, ano do bi dele -, diante de Ivan Lendl, então número 1 do mundo. Vitória dramática por 3 sets a 2, com 9 a 7 na parcial final!
“Não sei se já joguei tão bem assim em uma partida dessa importância. Não jogo tão bem como naquele quinto set há um bom tempo”, disse Edberg, após o espetacular embate semifinal. Com a taça na mão, o tenista ressaltou a performance na Austrália. “Esse foi um dos grandes torneios da minha vida. Nunca estive tão feliz na minha vida”.
Alguns dias depois, Edberg e Wilander vestiriam a camisa da Suécia para bater a Alemanha Ocidental de Boris Becker na decisão da Copa Davis.
Edberg conquistaria o segundo título na Austrália – e segundo Grand Slam da carreira – em 1987. Já Wilander levaria sua terceira taça em 1988, ano em que papou os troféus também em Roland Garros e no US Open.
Mas essa(s) história(s) fica(m) pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
A final, na íntegra:
Fontes: