Há 45 anos… dia 23 de agosto de 1970.
Ele não estava muito satisfeito com os rumos da banda e os companheiros sabiam disso. Havia, ainda, a pressão do empresário e amigo Steve Sesnick, com quem estava meio brigado. Lou Reed queria uma nova estrada e o Velvet Underground não fazia mais parte de seus planos. O casamento de mais de 5 anos e quatro álbuns estava próximo do fim.
Mas ninguém imaginava que o “noivo” fosse embora antes de a festa acabar…
Era a última das nove longas semanas de uma extensa temporada no lendário Max’s Kansas City, em Nova York, lugar onde o grupo se sentia em casa. Três meses de expediente dobrado, com dois shows por noite.
A maratona terminaria no dia 28. Lou Reed não esperou. No dia 23 de agosto de 1970, empunhou a guitarra e o microfone pela última vez como bandleader de uma das mais influentes bandas americanas da segunda metade dos anos 1960. Um das grandes da História do rock and roll.
Maureen Tucker, a baterista, de licença maternidade, era a única que já sabia da saída de Reed. Doug Yule e Sterling Morrison nem desconfiavam, muito menos Billy Yule, irmão de Doug e substituto de Maureen na turnê no Max’s.
Então, quando Reed começou os primeiros riffs de “I’m Waiting for the Man”, somente a espectadora Maureen tinha conhecimento de que aquele era o último ato. Na noite seguinte, Yule foi surpreendido pela notícia, trazida por Steve Sesnick, a uma hora do início do primeiro show.
“Eu estava esperando [Lou], achava que tinha se atrasado”, disse o baixista, em entrevista de 2013, em que também culpa o empresário pela saída do líder do Velvet. Foi Yule quem assumiu a vaga de Reed.
O Velvet seguiu e Lou Reed iniciou uma bem-sucedida carreira solo, que teve auge com o segundo álbum, Transformer, de 1972, mesmo ano de lançamento de Live at Max’s Kansas City, com aquele último show (a capa é a foto deste post).
Mas essa(s) história(s) fica(m) pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
O show:
Fontes: