Há 100 anos… dia 28 de março de 1915.
Leon Thrasher, um engenheiro de minas de 31 anos, nascido em Massachusetts, foi o primeiro civil americano morto na Primeira Guerra Mundial, que transcorria já há oito meses na Europa. Thrasher morreu afogado depois de bombardeio de um submarino alemão (U-28) atingir o navio de carga Falaba, que estava na rota de Liverpool para o Oeste da África.
Dos 242 passageiros do navio, 104 morreram afogados. Empregado da British West Africa, Thrasher voltava ao seu posto no continente africano. Os alemães afirmaram que a tripulação do U-28 seguiu todo o protocolo ao se aproximar do Falaba, ou seja, avisou antes de disparar e deu tempo para a evacuação do navio.
Os britânicos, por sua vez, disseram que os alemães agiram de maneira imprópria, alegando não ser verdade sobre o tempo de abandono para os passageiros deixarem o Falaba. Ainda segundo a imprensa oficial britânica, o submarino se aproximou do navio, sinalizou a parada e deu apenas 5 minutos para a tripulação embarcar em botes. Só um milagre salvaria a embarcação.
O naufrágio do navio e a morte de Thrasher gerou um memorando escrito pelo presidente americano Woodrow Wilson. O documento foi enviado ao governo alemão após novo ataque a um navio britânico, o Lusitania, em maio de 1915. Mais de 1200 passageiros morreram afogados, incluindo 128 americanos.
A nota tinha tom forte e direto, conclamando a um entendimento entre Estados Unidos e Alemanha, o que acabou não ocorrendo. Assim, em abril de 1917, os americanos entraram na Primeira Guerra.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
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