Há 45 anos… dia 13 de fevereiro de 1970 (sexta-feira 13!).

POR PAULO SENE*

Tinha que ser numa sexta-feira 13…!

Quarenta e cinco anos atrás era lançado o marco zero do Heavy Metal: Black Sabbath, o primeiro álbum da banda que apontou o caminho de um som mais pesado e fundou os alicerces de um novo gênero musical.

Claro que a cena já estava se formando, com o Led Zeppelin, Steppenwolf e Nazareth tentando caminhos diferentes. Mas algumas rotas foram apontadas nesse importante disco, que tem várias particularidades: foi gravado em apenas 12 horas e não tem overdubs!

Hoje reverenciado, na época do lançamento o disco foi literalmente avacalhado pelo renomado jornalista Lester Bangs, da Roling Stone: “Just like Cream! But worse.” – “Como o Cream! Só que pior”, escreveu Bangs, comparando o Sabbath com a banda de Eric Clapton.

Na verdade, o Black Sabbath tocava blues rock com psicodelia, só que de uma maneira extremamente pesada. Podemos associar isso ao fato do Tony Iommi tocar sem as pontas de alguns dedos, o que deixava a fluência mais lenta, criando, assim, a assinatura da banda.

Os temas líricos das músicas que se tornariam uma obsessão do metal também já estavam ali: “Black Sabbath”, “N.I.B.”, “The Wizard”, por exemplo, evocam bruxaria, paganismo e filmes de terror.

O lado B do disco mostra uma banda ainda em formação e revela uma certa falta de amadurecimento. A gravação é feita como se fosse uma jam no estúdio – apenas o Ozzy ficava separado.

O que fica registrado pra história é que o álbum é uma estreia de “peso” revolucionária. Com um pouco mais de foco e direção, apontaria para onde a banda iria nos levar.

* Paulo Sene, fã de pré, pós e punk, fotógrafo nas horas vagas e viciado em bicicleta.

Ouça “The Wizard”:

Fontes:

– Wikipedia

– rollingstone.com

– allmusic.com