Carlos, o Chacal, é preso na África

Há 20 anos… dia 14 de agosto de 1994.

Carlos, o Chacal, é preso na África

Antes de Osama Bin Laden, houve Carlos, o Chacal.

Nos anos 1970 e 1980, a famosa foto de seu rosto (acima) circulava em jornais e locais públicos de vários países ao redor do mundo. Era o homem mais procurado por polícias e serviços secretos de todo o planeta. Há exatos 20 anos, ele foi capturado.

Nascido Ilich Ramírez Sánchez – homenagem do pai, um rico advogado marxista, ao líder da Revolução Russa -, em 12 de outubro de 1949, na cidade de Michelena, na Venezuela, cresceu sob princípios e ideais de esquerda. Passou tempo em Cuba, onde aprendeu táticas de guerrilha e foi estudar em Londres, logo após o divórcio dos pais.

Cursou economia e, em 1968, foi para Moscou, onde entrou na Universidade Patrice Lumumba, famosa por recrutar comunistas estrangeiros para a União Soviética. No entanto, o inquieto Ilich acabou expulso de lá em 1970. Em julho, viajou para o Líbano, onde se apresentou à Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).

A partir de então, passa a se envolver cada vez mais com a organização e inicia série de ações terroristas e atentados. Em 1973, falha em assassinar Joseph Sieff, dono da Marks & Spencer e vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e Irlanda.

A notoriedade internacional veio em dezembro de 1975, quando organiza o sequestro de todos os ministros de países-membros da OPEP, reunidos em congresso em Viena. Três pessoas morreram e ele acaba fugindo, com US$ 50 milhões no bolso.

Pouco antes, executara dois agentes secretos franceses e outro companheiro terrorista em ação para capturá-lo. Nessa ocasião, ganha o apelido de Carlos, o Chacal, depois de a polícia encontrar o livro O Dia do Chacal, de Frederick Forsyth, entre seus pertences no local do crime.

A partir do mirabolante e cinematográfico sequestro na Áustria, passa a ser cada vez mais procurado. E continua os atos terroristas mundo afora. No início dos anos 1990, Carlos se afasta da atividade, mas segue procurado.

No dia 14 de agosto de 1994, finalmente é preso por agentes franceses. Estava em Cartum, capital do Sudão, realizando uma cirurgia nos testículos (!). Foi sedado e levado imediatamente para Paris.

Três anos depois, foi condenado a prisão perpétua pelo assassinato dos dois agentes secretos franceses e de seu companheiro, em 1975. Em novo julgamento realizado em 2011, Carlos recebeu nova sentença de prisão perpétua por realizar ataques a bomba na França entre 1982 e 1983. Os atentados mataram 11 pessoas.

Há vários livros, filmes e documentários sobre a vida de Carlos, o Chacal.

Em 2010, o diretor Olivier Assayas dirigiu a série “Carlos”, premiada com o Globo de Ouro e que acabou virando filme.

Da prisão, na França, o verdadeiro Carlos desaprovou a ficção. Disse que não era fiel aos fatos.

Veja documentário sobre Carlos, o Chacal:

Fontes:

Wikipedia

Acervo Estadão

edition.cnn.com

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