Há 25 anos… dia 27 de março de 1989.
“Uma mágica noite por um grande amor. Zico no coração”
A faixa estendida no estádio Friuli dava a medida da devoção da torcida em Údine naquela noite de 27 de março de 1989.
Mais de 40 mil pessoas presentes.
Com a camisa amarelinha, 10 às costas, ele se despedia. Um ponto final a uma linda história.
78 jogos oficiais e 54 gols.
Três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986). A mais marcante, a da Espanha. O time de Telê, inesquecível.
“Zico não ganhou a Copa do Mundo? Azar da Copa do Mundo!”, frase do jornalista Fernando Calazans, é a melhor e definitiva resposta aos críticos. E não se fala mais nisso!
Na fria noite de primavera italiana, Zico disse adeus à seleção brasileira na cidade que o abraçou. A derrota por 2 a 1 para um combinado do Resto do Mundo não estragou a festa.
Diante de milhares de fãs, o Galinho de Quintino vestiu a camisa 10 pela última vez e desfilou sua genialidade.
Aos 36 anos, mostrou inteligência e deixou Careca e Renato Gaúcho na cara do gol em ao menos quatro ocasiões. Talvez, quem sabe, até desse para ele jogar mais uma Copa…
Naquela partida, o Brasil foi formado somente com os chamados “estrangeiros”, ou seja, jogadores que atuavam na Europa. Comandado por Sebastião Lazaroni, que assumira no início do ano, o time fez ótimo primeiro tempo, mas se perdeu na etapa final, com a troca de quase todos os titulares.
A seleção começou com Gilmar; Ricardo Rocha, Mozer, Ricardo Gomes e Junior (Capacete!); Dunga, Silas e Zico; Renato Gaúcho, Careca e Valdo. Depois, entraram João Leite, Milton, Julio Cesar, Branco, Andrade, Alemão, Tita, Romário, Evair e Douglas, que substituiu Zico.
Já o Resto do Mundo, do técnico sueco Nils Liedholm – aquele que abriu o placar para os donos da casa na final da Copa de 1958! -, tinha grandes jogadores, como os goleiros Preud’Homme e Dasaev, Valderrama, Francescoli e Stoijkovic. Maradona, o grande nome do momento, não atuou porque se contundiu em jogo entre Napoli e Juventus.
Com uma linda cobrança de falta, Dunga abriu o placar (!), aos seis minutos. Em contra-ataque, o combinado empatou com o uruguaio Francescoli, aos 34. O húngaro Detari fez o gol da virada do Resto do Mundo, aos 20 do segundo tempo.
Zico deixou o campo aos 35 minutos. Aplaudido por todo o Friuli, se emocionou. “Recebi as mais comoventes homenagens nos três dias que estou aqui. Estou emocionado”, disse o Galinho.
Em fevereiro de 1990, ele se emocionaria ainda mais. O eterno “Camisa 10 da Gávea” diria adeus à Nação Rubro-Negra, em amistoso no Maracanã.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Veja matéria do Globo Esporte sobre a despedida de Zico na seleção brasileira:
E assista ao jogo inteiro:
Fontes:
Um comentário sobre “Zico se despede da seleção brasileira”