Dia 15 de julho
A dois dias da grande final, Brasil e Itália viviam a expectativa do momento maior da Copa do Mundo dos Estados Unidos.
No lado brasileiro, um Parreira confiante e cauteloso. Reportagens de Estadão e Folha destacavam que o treinador estudava o time de Arrigo Sacchi e bolava uma estratégia de esperar no primeiro tempo para atacar na etapa final do jogo em Los Angeles.
No Estado, a matéria principal revelava que os jogadores da seleção assistiriam a um compacto com o melhor da Itália na Copa, preparado pelo ex-lateral Junior, o espião do Brasil durante o torneio. Segundo o jornal, não haveria marcação individual em Roberto Baggio, craque do adversário, ainda dúvida para a decisão.
Já a Folha salientava sobre o plano da dupla Parreira e Zagallo para a partida final. A reportagem indicava três orientações da comissão técnica ao time: 1- atenção máxima da defesa no início do jogo; 2- manutenção da bola, principalmente no meio-campo; 3- e, por fim, jogar pra frente no segundo tempo, por causa do suposto cansaço dos italianos.
“O Brasil cresce no segundo tempo. E mais uma vez vai se impor por aí”, afirmou o comandante da seleção brasileira.
Do outro lado, a Itália se preocupava em recuperar seu melhor jogador. Craque do time e responsável pela vitória contra a Bulgária, Roberto Baggio deixou a semifinal com estiramento na coxa direita. De acordo com a Folha, o mais provável era a entrada do camisa 10 somente no segundo tempo da final.
O capitão, líder e veterano Franco Baresi, que se submetera a uma artroscopia no joelho direito em 24 de junho, após a segunda partida da Itália na Copa, participou do coletivo e mostrou disposição de menino. Arrigo Sacchi, no entanto, tergiversava sobre o retorno do capitão.
“Não me preocupa o joelho, mas o fôlego de Baresi, que perdeu ao menos duas semanas de treino regular”, argumentou.
Duas potências do futebol, dois técnicos experientes e um jogo psicológico a 48 horas do jogo no campo do Rose Bowl.
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