Há 220 anos… dia 10 de fevereiro de 1794.
O austríaco Franz Joseph Haydn ficou conhecido como o “Pai da Sinfonia”.
Com Mozart e Beethoven, de quem foi professor, forma a chamada “Trindade Vienense”, a nata do Classicismo na música erudita.
Em 10 de fevereiro de 1794, Haydn apresentou e comandou a sinfonia nº 99 em Londres. Foi o sétimo de 12 trabalhos de uma série conhecida como “Sinfonias de Londres”, as últimas da vida dele.
A série começou em 1790. Naquele ano, morreu o príncipe do Império Austro-Húngaro, Nicolau Eszterházy. Anton, o filho, assume o poder e, pouco afeito à música, dispensa os serviços dos compositores. Haydn permanece com um salário fixo e ganha tempo para viajar e apresentar seu talento além dos limites do império.
Recebe e aceita a proposta do empresário alemão Johann Peter Salomon, para viajar à capital da Inglaterra e criar sinfonias com uma grande orquestra.
As duas jornadas de Londres (1791–92 e 1794–95) são um sucesso. Grandes plateias acompanham seus concertos e ele consegue fama e dinheiro, suficiente para viver tranquilamente os anos restantes de vida. De quebra, Haydn ganha título Honoris Causa da Universidade de Oxford.
“O próprio Haydn comandou a orquestra, do fortepiano. A visão daquele renomado compositor eletrizou a plateia e tornaram superiores a atenção e o prazer pela música instrumental, a níveis nunca antes vistos na Inglaterra”, pontuou o renomado historiador musical Charles Burney, sobre o primeiro concerto na Inglaterra.
A sinfonia 99 foi a primeira escrita por Haydn para clarinetes. Novamente, ele esteve no comando, a partir do fortepiano. O tom emotivo presente em toda a composição é uma homenagem à amiga Marianna von Genzinger, morta um ano antes.
Haydn faleceria em maio de 1809, aos 77 anos, durante bombardeio do exército napoleônico em Viena.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Ouça a sinfonia nº 99 de Joseph Haydn:
Fontes:
efemérides do éfemello 