Há 35 anos… dia 8 de novembro de 1978.
“My fundamental purpose is to interpret the typical American. I am a story teller.”
Norman Rockwell foi um contador de histórias.
Um retratista de sua terra, os Estados Unidos.
Assim como Edward Hopper, sua obra ajudou na formação da cultura americana.
Foi um grande pintor, um grande artista, mas, por vezes, diminuído.
Depois de sua morte, há 35 anos, passou a ser mais reconhecido.
“Rockwell é fantástico. Ficou cansativo fingir que ele não é”, escreveu o renomado crítico de arte Peter Schjeldahl, em artigo na revista New Yorker, em 1999.
Nascido em Nova York, em 3 de fevereiro de 1894, Norman Rockwell começou a carreira de artista aos 14 anos, quando ingressou na Escola de Arte de Nova York (então chamada Chase Escola de Arte).
Aos 16, largou o colégio para estudar na National Academy of Design. Mudou para a Art Students League, onde conheceu Thomas Fogarty e George Bridgman, dois artistas fundamentais em sua formação.
Mudou-se com a família para New Rochelle e montou um estúdio com o cartunista Clyde Forsythe. Começou a produzir para revistas, como Life, Literary Digest e Country Gentleman.
Em 1916, aos 22 anos, pinta sua primeira capa para a revista The Saturday Evening Post, uma parceria que duraria 47 anos e outras 321 capas! Rockwell dizia que a revista era “a melhor vitrine da América”.
As décadas de 1930 e 1940 são consideradas as mais produtivas de sua carreira. Em 1943, inspirado por discurso do presidente Franklin Roosevelt, Rockwell pinta a obra Four Freedoms, reproduzida em quatro edições da Evening Post, com artigos de conhecidos escritores da época.
A obra teve grande repercussão e foi levada em turnê pelos Estados Unidos, em exibição paga pela revista e pelo Departamento do Tesouro dos EUA. Com as vendas, foram levantados mais de US$ 130 milhões para um fundo da Segunda Guerra Mundial.
Em 1960, com a ajuda do filho, Thomas, Rockwell publica sua autobiografia, My Adventures as an Illustrator. Mais uma vez, a Evening Post foi parceira, publicando trechos do livro em oito edições seguidas. Na primeira, ilustrou o texto com o Triple Self-Portrait, a imagem deste post.
Dois anos depois, encerra-se a longa união com a revista. Rockwell começa a trabalhar com a revista Look, com a qual colaboraria até 1973. Seu olhar agora se torna mais político, focado nos turbulentos temas da ordem do dia no país, como os direitos civis, a corrida espacial e a pobreza. Dessa época, destaca-se The Problem We All Live With, de 1964.
Após a parceria com a Look, passa a se preocupar com seu legado artístico e cria o Stockbridge Historical Society, que mais tarde se tornaria o Museu Norman Rockwell, em Stockbridge, Massachusetts, cidade onde viveu de 1953 até sua morte.
Em 1977, pelo “brilhante e afetuoso retrato de nosso país”, Rockwell recebe a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria a um civil nos Estados Unidos.
Morre em 8 de novembro de 1978, por conta de um enfisema pulmonar, aos 84 anos.
Você sabia que os diretores Steven Spielberg e George Lucas buscam inspiração na obra de Norman Rockwell para seus filmes?
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Fontes:
– nrm.org
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