“Cats” estreia na Broadway

Há 35 anos… dia 7 de outubro de 1982.

Em 19 de junho de 1997, “Cats” se tornou o mais longevo musical da história da Broadway, atingindo 6.138 apresentações (hoje é quarto colocado). Àquela altura, por mais críticos que tivesse, era um musical absolutamente consagrado, premiado artística e comercialmente (quando encerrou a estada de 18 anos no Winter Garden Theater, em 10 de setembro de 2000, antes de retornar no ano passado, arrecadara nada menos que US$ 380 milhões!).

Contudo, a aclamação unânime em Nova York, onde estreou exatos 35 anos atrás, demorou a acontecer. À época do debute na Big Apple, não foram poucos os detratores do espetáculo criado por Andrew Lloyd Webber com base nos poemas do livro Old Possum’s Book of Practical Cats (1939), de T. S. Eliot.

Douglas Watt, por exemplo, escreveu em resenha do Daily News que, “apesar de alguns momentos eficazes, torna a noite tensa e, afinal, cansativa”.

“‘Cats’ é um show vistoso como se poderia desejar, e já é ansiosamente procurado por um público faminto por musicais. No entanto, o sentimento inescapável é de que trata-se de uma peça de teatro exagerada”, conclui.

Exagerada ou não, caro Watt, o fato é que os felinos conquistaram a Broadway como já haviam feito no West End de Londres. Sem diálogos entre as músicas, o show é uma explosão de sons, cores e movimento. Impossível não se impressionar. E se emocionar (só quem tem pedra no lugar do coração não se comove com “Memory”!).

Passados 36 anos da estreia londrina, 35 da première nova-iorquina, e recentemente reavivado tanto na Inglaterra quanto nos EUA, “Cats” é um clássico perene.

De uns anos pra cá, cresceu o burburinho sobre uma adaptação para o cinema. Dizem até que sai em 2018.

Se acontecer, um dia a gente conta sobre o long… Porque todo dia é histórico.

“Memory”, por Betty Buckley: