Há 135 anos… dia 20 de agosto de 1882.
Rússia Imperial, 1880.
À vista, três eventos de peso e relevância (e relacionados a efemérides!).
Primeiro, a consagração da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, construída em celebração a vitória russa sobre os franceses, em 1812, já em vias de terminar. Segundo, a comemoração dos 25 anos da coroação de Alexandre II. Por fim, a abertura da Exposição Industrial e Artística, em 1882.
Pensando em tudo isso, Nikolai Rubinstein, diretor dos Concertos da Sociedade Imperial Russa, convidou o renomado Tchaikovsky para criar uma obra sinfônica que contemplasse as três festividades.
Pouco afeito a encomendas do tipo, o compositor resolveu fazer algo rápido e “desleixado”, “sem nenhum mérito artístico”, como o próprio pontuou em carta à patrona, Nadezhda von Meck.
“…nada me é mais antipático que compor em função de festividades e afins. Imagine, cara amiga! O que se poderia por exemplo escrever por ocasião da abertura de uma exposição senão banalidades e passagens quase sempre barulhentas?”, escreveu.
Pois “Abertura 1812” não somente deixaria Tchaikovsky podre de rico e ainda mais famoso, como também se tornaria uma de suas obras mais conhecidas, executadas e gravadas!
Em 20 de agosto de 1882, com regência de Ippolit Al’tani, a peça com cerca de 15 minutos de duração foi apresentada pela primeira vez, em uma tenda em frente à Catedral, ainda inacabada.
Em 1891, dois anos antes de morrer, o próprio Tchaikovsky conduziu a orquestra, na abertura do mítico Carnegie Hall, em Nova York, na primeira vez que um compositor de peso se apresentou nos EUA.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Em tempo: nos links, muito mais histórias sobre a composição, que tem trechos da “Marselhesa”, em referência, claro, aos derrotados franceses! Clica!
“Abertura 1812”:
Fontes e +MAIS: