18 de junho de 1967
(E o rock nunca mais foi o mesmo…)
Senhoras e senhores da América, Mr. James Marshall Hendrix!
No primeiro show em solo pátrio, uma performance para sempre.
Histórica, extraordinária, exuberante, solar, lendária, mítica, incendiária. Dá pra ficar um século estampando adjetivos!
Em 18 de junho de 1967, Jimi Hendrix assentou mais um marco na História do rock, na História da música, na História. Impossível fugir de todos os clichês. Pois foi o que aconteceu no último dia do Festival de Monterey. Este escriba é só mais um a dizer.
“É um grande esporte observar esse escandaloso ladrão de cena mexer com a língua, pegar com os dentes e pôr seu instrumento em chamas, mas a exibição nos distrai da história escrita naquela noite – o início de uma técnica instrumental tão fecunda e febril que o rock ainda não o igualou, embora centenas de bandas de metal tenham se tornado ricas tentando. Certamente, em nenhum outro lugar você vai testemunhar um Hendrix ainda incerto de sua divindade”, escreveu Robert Christgau no The Village Voice, um pouco depois, sobre aquela noite.
Com nove músicas – “Killing Floor”, “Foxy Lady”, “Like a Rolling Stone”, “Rock Me Baby”, “Hey Joe”, “Can You See Me”, “The Wind Cries Mary”, “Purple Haze” e “Wild Thing” -, Jimi Hendrix, Noel Redding e Mitch Mitchell viraram o rock de cabeça pra baixo.
Ao final, o show pirotécnico simbolizou o início de uma nova era. Como brilhantemente escreveu Kevin D. Greene no New York Times, Hendrix desempenhou “o papel de um xamã elétrico em seu primeiro show americano com o Experience, acendeu sua guitarra em sacrifício aos deuses de uma nova era”.
O novo Deus era ele próprio.
O terceiro dia de Monterey também teve Ravi Shankar e sua cítara, Blues Project, Big Brother and the Holding Company (sem Janis Joplin), Buffalo Springfield (com David Crosby no lugar de Neil Young, e mais Doug Hastings) e Mamas & The Papas e Scott McKenzie fechando.
Ah, e teve o The Who!
Pobrezinhos… Tocaram antes de Hendrix!
Isso que Pete Townsend ganhou a disputa na moedinha! Pois é. Ele queria se apresentar antes do homem. Seria impossível aparecer no palco depois dele, pensou, com boa dose de razão. Então, negociou a ordem de entrada com o próprio Hendrix, e a questão foi decidida na moeda. Em tese, o The Who venceu.
Bom, na prática, a teoria é outra, diria o poeta.
O show foi fantástico. Inspirados, Daltrey, Townsend, Entwistle e Moon mandaram um set list caprichado, com “Substitute”, “Summertime Blues”, “Pictures of Lily”, “A Quick One, While He’s Away”, “Happy Jack” e uma explosiva “My Generation”, quebrando tudo, literalmente.
Mas nada superaria Hendrix.
Mais uma vez, ele roubava a cena dos caras, como fizera em janeiro, em Londres.
Pobre The Who!
E o rock nunca mais foi o mesmo…
A icônica cena da guitarra:
Show completo do The Who:
Documentário sobre o show de Jimi Hendrix aqui!
Fontes e +MAIS:
– npr.org
efemérides do éfemello 
Caro Claudio,
Muito obrigado pelo comentário e participação aqui no blog!
De fato, o homem era um extraterrestre.
Jamais haverá igual!
Fique com o efemérides!
Abraço,
Fernando.
Há 50 anos atrás, 18 de junho de 1967, JIMI HENDRIX INCENDEIA ÚLTIMO DIA DE MONTEREY. E a partir dali, o rock nunca mais seria o mesmo, nem ninguém se aproximaria, até hoje. de sua performance como guitarrista.
Quando Hendrix tocava era impossível estabelecer onde começava o homem e onde terminava a guitarra e vice versa, face a total integração física e sonora do homem com o seu instrumento musical.
Não teve e nunca terá alguém como Jimni Hendrix. Se Eric Clapton é o “deus da guitarra”, Hendrix é a “santíssima trindade”.