Há 20 anos… dia 8 de novembro de 1995.
Donizete, o Pantera, foi o autor do gol e o nome da noite. Mas Amaral também roubou a cena, ao realizar jogada excepcional pela direita e cruzar na medida para o veloz atacante do Botafogo dominar e fuzilar o gol de Cristante.
Brasil 1 a 0, aos 21 minutos do primeiro tempo. E assim permaneceu.
Sim, era só um amistoso. Bem, na verdade, havia uma taça em disputa, pelo 50º aniversário do diário Clarín. E Brasil X Argentina nunca é só um amistoso.
Havia um tabu de 19 anos sem vitória brasileira em Buenos Aires. Do outro lado, um gosto amargo na boca dos argentinos, pela derrota nas quartas de final da última Copa América, com direito a um gol de Túlio e sua mãozinha…
Nunca é só um amistoso!
Túlio e Donizete formaram a dupla de ataque . Era duo do momento, que fazia e acontecia na Estrela Solitária, futura campeã brasileira daquele ano. No meio, Flávio Conceição, Amaral e Rivaldo, todos do Palmeiras, outro time que jogava o fino na época. Juninho Paulista, recém-saído do São Paulo para o Middlesbrough, da Inglaterra, completava a meiúca, como o “1” de Zagallo.
No lado Hermano, Daniel Passarella deixou Maradona de fora e foi muito criticado. O selecionado argentino contou com Balbo e Batistuta à frente, além de Simeone, Zanetti e Gallardo no meio. Um time de respeito.
Mas a noite foi brasileira. Feito um Mané Garrincha, Amaral fez o diabo na ponta-direita e cruzou no pé de Donizete. O Pantera, convocado na vaga de Bebeto, dominou e chutou firme, cruzado e rasteiro. Certeiro.
Depois, o escrete canarinho segurou atrás e ainda teve chances de ampliar. Saiu de Buenos Aires com o caneco e o fim do tabu.
A seleção brasileira venceria a Argentina novamente na terra deles 14 anos depois, em 2009, 3 a 1, pelas eliminatórias da Copa de 2010.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Reportagem da Globo sobre o jogo:
Fontes:
efemérides do éfemello 