Há 10 anos… dia 18 de março de 2005.
Corinthians X Palmeiras/Palmeiras X Corinthians não é a maior rivalidade do futebol brasileiro. Na modesta opinião deste escriba, há mais rixa, fervor e hostilidade no embate entre colorados e gremistas.
É exatamente esse o maior mérito de Bruno Barreto em “O Casamento de Romeu & Julieta”: alçar a oposição entre palestrinos e alvinegros à mais ferrenha do esporte bretão. “O Luis Gustavo, impecável, consegue amplificar a rivalidade!”, lembra o irmão, Rodrigo, a quem consultei para escrever o post de hoje. Ele adora o filme. E não (só) por causa da Luana Piovani…!
Para ele, Barreto acertou a mão, porque, além da brilhante direção na atuação dos atores, em especial do são-paulino Luis Gustavo, também consegue situar a história em um momento real, 1999, quando o Palmeiras conquistou a Libertadores, mas perdeu o Mundial no Japão, em derrota doída para o Manchester United.
Realmente, o longa baseado no conto do palestrino de quatro costados Mário Prata – “Palmeiras, Um Caso de Amor” – é ótimo. Engraçado, bem humorado e realista. O romance (im)possível entre amantes de paixões clubísticas diferentes é roteiro muito verossímil em qualquer parte do globo.
“É uma comédia despretensiosa”, afirmou Barreto, em reportagem do Estadão, à época do lançamento, dez anos atrás.
À parte a beleza de Luana e o talento de Gustavo, “O Casamento de Romeu & Julieta” tem o mérito de relembrar históricos encontros entre os times, como a final do Campeonato Paulista de 1974 ou o Palmeiras 8 X 0 Corinthians, em 1933, a maior goleada do clássico e a maior derrota da história do clube de Parque São Jorge.
Outra curiosidade do filme é que Luana teve 3 meses de aulas com Cláudio Adão para poder fazer as cenas em que joga futebol. Aliás, ela é outra são-paulina do elenco. Marco Ricca, o Romeu, é palmeirense.
Se você ainda não viu, veja. Se já assistiu, reveja.
“O Casamento de Romeu & Julieta”:
Fontes:
– IMDb