Há 50 anos… dia 8 de fevereiro de 1965.
Lamont Dozier travava uma discussão quente com a namorada. Uma DR das brabas! No ápice do diz-que-me-diz e dos nervos exaltados, acuado, lançou trégua desesperada em forma de grito:
– Stop, in the name of love!
Os berros e ofensas se transformaram em gargalhadas. A paz reinou novamente entre os pombinhos. E o mundo da música ganhou mais um sucesso!
Tudo porque, naquela altura, Dozier já era um dos integrantes do famoso trio de compositores da Motown, conhecido como Holland-Dozier-Holland. Não era bobo nem nada e anotou a súplica criada por seu inconsciente. Sabia que era meio melosa e sentimental, mas cativante, fácil de guardar e de cantar.
Pouco tempo depois, a frase estava na boca de outro trio. Em janeiro de 1965, em três sessões no estúdio A da Motown, em Detroit, as Supremes finalizaram a gravação de “Stop! In the Name of Love”.
Em 8 de fevereiro, o single chegou às lojas, com “I’m In Love Again” no lado B. De 27 de março até 3 de abril, ficou no topo do Billboard Pop Singles, além de chegar ao segundo lugar na parada soul. Seria o penúltimo de cinco hits da tríade liderada por Diana Ross. Todas da linha de produção da “fábrica” Holland-Dozier-Holland.
Já a famosa coreografia – uma mão na cintura e a outra fazendo o gesto de “Pare!” com a palma – as Supremes devem à Paul Williams e Melvin Franklin, dos Temptations. Eles ensinaram os movimentos às meninas em Londres, pouco antes de a trinca apresentar pela primeira vez a música na TV, no especial “The Sound of Motown”, do programa Ready Steady Go!, de Dusty Springfield. O gestual virou marca registrada da música!
“Stop! In the Name of Love” entrou no terceiro álbum das Supremes, More Hits by The Supremes, lançado em julho de 1965.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
P.S.: DR também é cultura!
Ouça “Stop! In the Name of Love”:
Fontes:
efemérides do éfemello 