A despedida de Tom Jobim

Há 20 anos… dia 11 de dezembro de 1994.

A despedida de Tom Jobim

Foi a despedida. O réquiem para um homem que amou, louvou e leu o Brasil como poucos. Que sabia: aqui não é para principiantes.

Brasileiro no nome. Brasileiro na alma.

Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim partiu três dias antes de lançar o último disco, Antonio Brasileiro.

Um álbum lindo. Na música, na apresentação, no conceito, no afeto.

Os chatos de plantão dizem que é um disco menor. Menores são eles, ora!

Como pode ser menor um álbum que tem Dorival Caymmi & família? Que tem “Insensatez” (com Sting!)? Que tem homenagens aos ídolos e heróis Radamés Gnattali, Pelé, Manuel Bandeira? Que tem homenagem à Mangueira, parceria com Chico Buarque? Que tem releitura do Clube da Esquina, o “Trem Azul” que virou “Blue Train”?

Como pode ser menor um disco com participação e afeto da família?

Ana, a mulher, fez o projeto gráfico. Paulo, o filho, e Daniel, o neto, produziram. A doce Maria Luiza, então com 7 anos, esparrama ternura em lindo dueto com o pai, em “Samba de Maria Luiza”.

E o que dizer de “Querida”, nunca gravada de verdade? “Longa é a arte, tão breve a vida”…

Disco menor?

Fala, Caetano!:

“Nesse tão variado e múltiplo Antonio Brasileiro, Jobim mostra acima de tudo sua generosidade. Os cuidados tímbricos e o bom gosto das linhas, assim como o imaginoso das composições, asseguram que o sol da nossa música está na potência total de sua luminosidade. Ele não nos dá apenas suas canções e seus sons. Ele prova ser excelente reprodutor biológico, trazendo ao mundo filhos e netos que por sua vez produzem boa música, inclusive junto com ele. É amor e talento. O amor de que o coração de Tom Jobim é o maior repositório: o amor pela música, pelos homens humanos e pela travessia do Brasil”.

É, caro Caetano, eles não sabem de nada, não entendem nada, como, um dia, você bradou.

Lá do céu, Tom nem ligou pros chatos de plantão.

Foi encontrar o amigo Vinicius…

“Chega aqui, Tomzinho querido! Te esperei por tanto tempo! Senta no piano pra gente tocar uma ‘inédita’!”.

Assim imagino o encontro deles…

Ah, se todos fossem iguais a vocês…

“Meu amigo Radamés”, minha preferida:

Fontes:

Wikipédia

Wikipedia

Site Oficial Tom Jobim

allmusic.com

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