Há 50 anos… dia 1º de dezembro de 1967.
(Atrasado! Mas nunca é tarde pra falar Dele, né?)
Mais um de 1967, um fértil e abençoado ano para o rock and roll.
“Um desfile de álbuns históricos e fundamentais para o bom e velho”, como escrevi no post sobre o debute dele e seu Jimi Hendrix Experience, de Noel Redding e Mitch Mitchell.
No primeiro dia de dezembro, o super trio lançou o segundo disco, Axis: Bold as Love. Foram necessários exatos 39 minutos e 21 segundos para se atestar o que alguns já sabiam e outros tantos presumiam: Hendrix era o cara.
“Hendrix demonstra em Axis de forma conclusiva que é um dos melhores guitarristas do rock em seu domínio e exploração de todos os truques concebíveis. Desigual em termos de qualidade, Axis, no entanto, é o melhor álbum de Voodoo que qualquer grupo de rock produziu até a data”, escreveu Jim Miller, em resenha da Rolling Stone de abril de 1968.
Teve gente – e, pasmem, ainda tem – que põe o disco em segundo patamar das produções de Jimi Hendrix. O que dizer dessas pessoas? Bem, talvez elas não estejam prontas, a exemplo de Jon Landau, que surrou o primeiro álbum na mesma Rolling Stone.
Suspeito, este escriba recomenda somente uma coisa, uma coisa somente: ouve.
Tem a faixa-título, um dos hinos de Hendrix. Linda, de melodia ascendente, solos deliciosamente derretidos. De letra psicodélica e otimista. Pode até ter soado clichê banal chamar o Amor de “valente” em 1967, ano do “Verão do Amor”. Hoje, mais do que audaz, é absolutamente imperativo.
Tem “She’s So Fine” – na voz de Redding -, uma ode às hippies, bem 60’s; “Castles Made of Sand”, maravilhosa, top5 de Jimi, com certeza; a blueseira “If 6 Was 9”; a cativante “Wait Until Tomorrow”; a mágica “Little Wing”…
Vai lá e ouve.
Cinquenta anos depois, soa revigorante como a brisa que vem do mar.
Jimi Hendrix vive.
Trecho do “Behind the scenes” de “Bold As Love”:
Fontes e +MAIS:
efemérides do éfemello 