Há 25 anos… dia 20 de novembro de 1991.

De pé: Ademir, Nonato, Paulão, Adílson, Célio Gaúcho e Paulo César.
Agachados: Mário Tilico, Marco Antônio Boiadeiro, Charles, Luiz Fernando e Marquinhos.
No comando, mestre Ênio Andrade.
Duas décadas e meia atrás, o Cruzeiro celebrou a conquista da Supercopa Libertadores, a primeira por um clube brasileiro.
Diante de quase 70 mil pessoas em um radiante Mineirão, a Raposa aplicou inapeláveis 3 a 0 sobre o River Plate. Pagou, com juros e correção monetária, a derrota por 2 a 0 em Buenos Aires.
O nome do jogo foi um cara que já tinha decidido o Campeonato Brasileiro daquele ano. Um ponta-direita carioca com muita estrela: Mário de Oliveira Costa, o Mário Tilico.
Em junho, Tilico anotara o gol do título nacional do São Paulo, no Morumbi – história já contada aqui no efemérides.
Cinco meses depois, decidiu a duríssima parada contra os argentinos: dois gols e uma atuação histórica.
-O Tilico não teria lugar neste time?
A pergunta acima foi feita por ninguém menos que Mazzola, o Altafini, à época da eliminação brasileira na Copa de 1990. A curiosa história foi contada dois dias depois da consagração cruzeirense e de Tilico por Roberto Benevides em sua coluna “Gol de Letra”, no Estadão.
Benevides relata que Altafini, à essa altura comentarista de renome na Itália, questionou diversos jornalistas brasileiros – incluindo ele, Benevides – sobre a presença de Mário Tilico no escrete de Sebastião Lazaroni.
“Revelava talvez o justo reconhecimento de um homem-gol a um ponta rápido e capaz de criar boas chances para o centroavante. Um reconhecimento um tanto exagerado, porém”, escreve o colunista.
“Agora, depois que mais uma vez o velocíssimo Tilico decidiu uma parada para o seu time, marcando dois dos três gols que deram ao Cruzeiro o primeiro título de clube um brasileiro na Supercopa, a voz de outro ilustre craque de outros tempos também se ergue em seu louvor: – É um jogador capaz de ajudar qualquer time e até a seleção – garantiu ontem, na TV Bandeirantes, o comentarista Mário Sérgio.”
Benevides termina a coluna com uma ótima pergunta: “Será que dois tão ilustres cidadãos do mundo da bola estão enganados ou valerá a pena conferir?”.
Não aconteceu. Mário Tilico nunca chegou a ser convocado para a seleção brasileira. Deixou o Cruzeiro logo depois da conquista da Supercopa.
No ano seguinte, o clube mineiro seria bicampeão do torneio, agora com Jair Pereira de técnico e uma dupla impossível no ataque: os “Gaúchos” Renato e Roberto.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Os gols:
O jogo completo:
Fontes e +MAIS:
