Há 1 ano… dia 30 de novembro de 2013.

Uma vida toda dedicada à música. Tanto amor que até o filho “virou” música!
Bem antes do sucesso do único herdeiro, no entanto, ele já era figura destacada na indústria fonográfica brasileira, nome fundamental para o desenvolvimento do mercado da música no Brasil.
Depois, virou o “pai do Cazuza”, apelido, aliás, que o orgulhava.
Não havia vaidade em João Araújo. Era um homem elegante e generoso.
“A música brasileira agradece e reverencia um homem que tanto acreditou nos nossos talentos e que colaborou diretamente para o crescimento da nossa indústria fonográfica”, escreveu Roberto Menescal, em coluna no jornal O Globo, três dias depois da morte do produtor musical.
Antes do enfarte que o levou, aos 78 anos, justamente no dia em que o filho seria homenageado com show em São Paulo, João Araújo dedicou 38 anos à frente da Som Livre, gravadora das Organizações Globo.
Lançou muitos artistas, como Djavan e Lulu Santos, mas só apostou em Cazuza depois de ser convencido por Guto Graça Mello e Ezequiel Neves. Acabou se tornando empresário do Barão Vermelho no início da banda. Também foi o “inventor” do mercado de trilhas sonoras de novelas, que se tornou muito forte a partir de meados dos anos 1970.
A vida na música começou bem cedo, aos 14 anos. Trabalhou na Copacabana Discos como auxiliar de imprensa, depois foi para a Odeon, atual EMI, e, em seguida, para a Phillips (hoje Universal). Como diretor artístico, montou grande time de artistas, com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jorge Ben, entre outros.
Saiu para fundar e dirigir a Som Livre, que comandou até 2007, quando virou membro do Conselho. Naquele ano, foi homenageado no Grammy com o prêmio de “Contribuição à Música” (“Life Achievement”).
“Foi impossível não me lembrar do Cazuza. Ele teria feito alguma gozação, teria achado tudo ridículo, mas depois ia aplaudir e gostar de ver o pai ganhar esse prêmio. Cazuza não teve tempo de ter carreira internacional, ele morreu antes de ver o reconhecimento do seu trabalho fora do Brasil”, disse, à época, em entrevista ao jornal O Globo.
Além da música, João Araújo era apaixonado por futebol. Era flamenguista fanático. Curtia também jogar pôquer e passear de barco.
Vídeo institucional da Som Livre sobre João Araújo:
Fontes:
