Há 130 anos… dia 13 de outubro de 1884.
No dia 13 de outubro de 1884, o presidente dos Estados Unidos, Chester A. Arthur, recebeu em Washington 41 delegados de 25 países para tratar de um assunto muito importante: o tempo.
Não, o clima ainda não era tema relevante entre as nações do globo. Ainda não havia efeito estufa ou buraco na camada de ozônio. O tópico era o tempo, mas o do relógio. Não existia um padrão para dividir os diferentes horários do planeta, fato que gerava muita confusão.
A questão já era discutida, mas teve conclusão 130 anos atrás, na capital americana. Naquele momento, era urgente uma padronização. A Revolução Industrial espalhou ferrovias pela Inglaterra e exigia uma nova organização dos horários para que os trens funcionassem adequadamente.
Um encontro em Roma, em 1883, já propusera o Meridiano de Greenwich como referência. Um ano depois, a Conferência Internacional do Meridiano definiu sete resoluções, a mais importante: o Observatório de Greenwich, em Londres, seria a faixa 0°, o ponto zero de referência para o horário dos países.
Foram 19 votos a favor de Greenwich, duas abstenções (Brasil e França), 1 voto contra (República Dominicana) e três ausências (Estados Unidos, Venezuela e El Salvador). Contrária ao meridiano como marco zero, a França seguiu utilizando a capital Paris como marco inicial. Portugal, ausente no encontro, também manteve Lisboa como referência.
Ficou estabelecido, também, o Greenwich Mean Time (GMT) como horário de base para a separação dos fusos. Para oeste de Greenwich, o fuso é negativo. Para leste, positivo. Em 1972, uma nova conferência definiu o Tempo Universal Coordenado (Universal Time Coordinated, UTC) como mais um parâmetro.
Três anos atrás, em 2011, um grupo de cientistas tentou substituir o GMT pelo UTC como referência, mas não teve sucesso.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico (E não importa o fuso!).
Vídeo que explica o Greenwich e os fusos horários melhor que o post!:
Fontes: