Há 25 anos… dia 19 de fevereiro de 1989.

O time da foto acima mora no coração do torcedor do Bahia.
Campeão Brasileiro de 1988! A também chamada Copa União, em sua segunda edição.
O esquadrão conquistou o Brasil, quase 30 anos depois do título da Taça Brasil de 1959, o primeiro torneio nacional organizado pela CBD.
Recordar é viver!
No gol, a muralha Ronaldo, que teve difícil missão de assumir o posto de Sidmar, sem contrato com o clube na fase final do torneio. Teve atuações inesquecíveis nos jogos decisivos, a melhor delas justamente na grande decisão.
A zaga, com o jovem e técnico João Marcelo, então recém-promovido das categorias de base, e o guerreiro Claudir, que assumiu a vaga deixada por Pereira (também sem contrato), fechava tudo.
Nas laterais, os bigodes de Tarantini e Paulo Róbson. Vigorosos, táticos, tinham na força na marcação a principal característica. O primeiro teve a missão de substituir o ídolo Zanata, transferido para o Palmeiras durante o torneio. O segundo, sério e raçudo, foi um dos grandes destaques da campanha.
Do meio pra frente, jogadores técnicos e especiais.
A começar por Paulo Rodrigues. Volante elegante e clássico, marcava e organizava o time com passes precisos e lançamentos longos. Pena ter estourado tarde, aos 30 anos.
Ao seu lado, Gil, o Gil Sergipano. Incansável e de uma força fora do comum, foi o herói da classificação do Bahia para a final, na semi contra o Fluminense.
No centro do time, Bobô, com sua “elegância sutil”, como cantou Caetano. Tido por muitos como o maior jogador da história do Bahia, o camisa 8 era o cérebro, o gênio, com toques rápidos e inteligentes.
Na ponta-direita, o veloz e habilidoso Zé Carlos, que desconcertava os marcadores com dribles e ainda dava cruzamentos certeiros para os atacantes. De quebra, balançava as redes adversárias! Foi o artilheiro do time na campanha, com 9 gols.
Na frente, Charles e Marquinhos. Saído das categorias de base, o “Anjo 45″ mostrou cartão de visitas em partida contra o Corinthians, em novembro de 1988, quando anotou lindo gol e conquistou a torcida do Bahêa. Já o rápido Marquinhos foi a surpresa na reta final. Jogava de segundo atacante ou ponta-esquerda.
No banco, Evaristo de Macedo. Experiente, boleiro, bom de papo e contador de histórias, Evaristo soube usar a base tricampeã estadual, promover alguns novos talentos, como João Marcelo e Charles, e montar o time em torno de Bobô. Foi coroado campeão.
Meses depois, aquele esquadrão, já sem Bobô (negociado com o São Paulo), seria eliminado na Libertadores de 1989, na fase de quartas de final. O algoz? O mesmo Internacional que o Bahia vencera na grande decisão do Brasileirão de 1988. Eita danado esse tal de futebol, ôxe!
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Em tempo: hoje, às 18 horas, aqueles times de Bahia e Internacional se enfrentam na Fonte Nova, em memória à grande decisão de 1988. Leia mais aqui!
Veja especial sobre o título brasileiro de 1988:
Fontes:
