Há 55 anos… dia 3 de fevereiro de 1959.

Poucos minutos depois de decolar, o pequeno avião Beechcraft Bonanza 35, ano 1947, perdeu o controle e caiu, próximo a Clear Lake, Iowa. Todos os passageiros morreram: o piloto, Roger Peterson, 21, e os músicos JP Richardson, 28, conhecido como “The Big Bopper”, Ricardo Esteban Valenzuela Reyes, 17, o jovem Ritchie Valens, e Charles Hardin Holley, 22, o grande Buddy Holly.
O Dia que a Música Morreu ou The Day the Music Died completa 55 anos, sempre com muita lembrança, história e, claro, emoção.
A morte prematura de dois talentosos músicos e de um nome fundamental para o rock: Buddy Holly.
A tragédia que virou música na composição de Don McLean, a triste e bonita “American Pie”.
Em turnê pelo centro-oeste americano, “The Winter Dance Party”, os músicos estavam passando maus bocados com o frio dentro do ônibus, sem sistema de aquecimento. Carl Bunch, baterista de Buddy Holly, teve até de ser internado, com congelamento nos pés.
Em 2 de fevereiro, um show apareceu na já cheia agenda da turnê, com previsão de 24 apresentações em apenas três semanas, de 23 de janeiro a 15 de fevereiro de 1959. Os organizadores fecharam a nova exibição, em Clear Lake, Iowa.
Ao chegar na cidade, Holly procurou um serviço de fretamento de avião. Estava incomodado com o frio durante as viagens dentro do ônibus. Ao preço de 36 dólares por pessoa, fechou com o piloto Roger Peterson, da Dwyer Flying Service, empresa da cidade vizinha Mason City, uma viagem até Moorhead, em Minnesota, próxima parada da turnê.
O avião comportaria mais dois tripulantes. Dion DiMucci, vocalista do grupo Dion and the Belmonts, declinou de seu lugar, alegando que o valor era o mesmo do aluguel do apartamento dos pais. Waylon Jennings e Tommy Allsup, músicos de Holly, ficariam com as vagas, então.
Ficariam. O destino quis que fossem outros os tripulantes do pequeno Beechcraft Bonanza 35…
Gripado, The Big Bopper pediu o assento de Jennings, que topou voltar no ônibus. Buddy Holly brincou com seu músico: “Bom, espero que esse seu ônibus velho congele”, disse. Jennings respondeu, brincando: “E eu espero que seu avião velho caia”. Dizem que o diálogo com Holly perseguiu Jennings até a sua morte, em 2002.
O jovem Ritchie Valens, que despontava com sucessos como “Donna” e “La Bamba”, também pediu um lugar, pois queria experimentar pela primeira vez a sensação de voar de avião. Tommy Allsup disse que a vaga seria decidida no Cara ou Coroa. Bob Hale, radialista da KRIB-AM e que estava trabalhando no show daquela noite como DJ, jogou a moeda pouco antes dos músicos partirem para o aeroporto (a cena aparece no filme “La Bamba”).
O relógio marcava poucos minutos depois de uma da manhã de 3 de fevereiro de 1959 quando o avião atingiu o solo, a uma velocidade de quase 300 km/h.
A tragédia é sempre lembrada. Existem diversas homenagens no local do acidente, como uma réplica em tamanho grande do óculos de Buddy Holly.
Don McLean afirmou diversas vezes que “American Pie” é apenas uma canção sobre a América.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Documentário sobre as últimas horas de Buddy Holly:
Fontes:
