Há 30 anos… dia 22 de janeiro de 1984.

- Ano emblemático, nome do eterno romance de George Orwell, publicado em 1949.
No mercado de tecnologia, a Apple, de Steve Jobs, Steve Wozniack e John Sculley, brigava para recuperar o espaço perdido para a rival IBM, que tinha dado um salto após a parceria com a Microsoft de Bill Gates.
O grande trunfo da empresa da maçã seria o lançamento de um novo computador pessoal. De 1977, o Apple II estava velho. O Lisa, de 1983, apesar de bem-sucedido, tinha consumido muita grana em seu desenvolvimento.
Era preciso algo novo.
Mostrar, mais uma vez, o DNA moderno, vanguardista e impetuoso da marca.
Mais do que lançar a novidade, era necessário fazer barulho, impactar as pessoas.
Bem, passados 30 anos, pode-se dizer que a empresa conseguiu até mais do que imaginava.
No dia 22 de janeiro do simbólico 1984, um comercial de um minuto foi ao ar em pleno intervalo do Super Bowl, a grande final do futebol americano, para apresentar o futuro: o Macintosh.
Homônimo ao livro de Orwell, a propaganda mostrava cenário igual ao do romance: um futuro de opressão, autoritarismo e controle do Grande Irmão (IBM?). Mas havia uma saída, um escape rumo à liberdade (Apple!).
“Em 24 de janeiro, a Apple Computer apresentará Macintosh. E você verá porque 1984 não será como ‘1984’”.
Perspicaz, a Apple anunciava não somente um computador, mas a reconquista da liberdade. Dois dias depois, Steve Jobs subia ao palco para apresentar a novidade.
Dirigido por Ridley Scott, que à época já tinha dois sucessos futuristas (“Alien” e “Blade Runner”), “1984”, o comercial, é um marco na história da propaganda. Venceu inúmeros prêmios, com destaque para o Grand Prix em Cannes, por unanimidade. Na ocasião, o comercial foi aplaudido de pé, fato inédito na história do festival.
Já o Macintosh foi sucesso absoluto. Vendeu 250 mil unidades somente em 1984 e proporcionou uma recuperação da Apple no mercado.
Em outubro de 1985, com o sucesso do Mac II (ou Mac 512 k), o Macintosh 128 k foi extinto.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Veja “1984”, o comercial do Macintosh:
Fontes:
