Roberto Baggio, 50 anos

18 de fevereiro de 1967

Roberto Baggio, 50 anos

Nas oitavas, chamou a responsa e tirou a seleção do sufoco.

Nas quartas, marcou golaço com estilo e frieza.

Na semi, decidiu.

Cinco gols em três jogos.

A reta final da Copa do Mundo de 1994 teve um nome: Roberto Baggio.

(E você aí pensando em Romário, né!).

Quando se fala no Mundial dos EUA, infelizmente só nos vêm à mente o fatídico pênalti perdido por “Il Codino Divino”.

O erro que nos deu o tetra. E que fez naufragar o sonho da quarta taça italiana.

Sem dúvida, uma cruel e injusta forma de recordar um dos grandes jogadores da História do futebol.

“É uma pena que o sucesso da geração de Romário tenha custado a queda de um gênio”, escreveu, preciso, Leandro Stein, na Trivela, em homenagem ao cinquentenário do craque nascido na pequena Caldogno, província de Vicenza, nordeste da Bota.

Um talento ímpar, de sabedoria, serenidade e generosidade únicas. Um craque budista.

Eleito o Melhor do Mundo em 1993, o auge de uma carreira iniciada onze anos antes, no Vicenza.

Capitão e camisa 10 da Juventus, Baggio anotou 30 gols na temporada 1992-93 e ajudou La vecchia Signora a faturar o terceiro título de Copa da UEFA de sua História. Decisivo, marcou os três gols nos dois jogos semifinais, contra o PSG (2 a 1 em casa e 1 a 0 em Paris), e mais dois no agregado de 6 a 1 das finais diante do Borussia Dortmund (3 a 1 na Alemanha, 3 a 0 em Turim).

Sem dúvida, a melhor de suas 5 temporadas pelos bianconeri, em que atuou de 1990 até 1995, anotando 115 gols em 200 jogos.

Depois da Juve, vieram duas temporadas ruins pelo Milan, em que contusões e desentendimentos com técnicos o atrapalharam demais. Período para esquecer.

O renascimento aconteceu em Bolonha, pelo Bologna. Baggio marcou 23 gols em 33 jogos em 1997-98 e acabou indo à Copa da França. A Itália sucumbiu nas quartas, nos pênaltis, contra os anfitriões e futuros campeões, mas Il Codino carimbou o lugar na História ao se tornar o primeiro (e único) a marcar gol em três Copas do Mundo pela Azzurra.

Trajetória iniciada em 1990, quando ele teve uma ótima performance em casa, com dois gols, um deles uma pintura, contra a Tchecoslováquia. Apesar de nem ser titular absoluto, Baggio participou de todos os 5 jogos da campanha italiana, finalizada na semi, em derrota para futura vice-campeã, a Argentina.

No total, em mais de 10 anos, foram 27 gols em 56 partidas com a camisa da Itália. Números de respeito.

À época daquele mundial de 90, aliás, o meia era alvo de boa parte da torcida da Fiorentina, por causa de sua saída para a Juve. Compreensível. Afinal, foi com a camisa da Viola que Baggio estourou. Cinco temporadas, 55 gols em 136 jogos, dos quais 39 em 94 partidas da Serie A. Até hoje, um ídolo que divide opiniões na apaixonante Florença.

“Il Codino Divino” vestiria ainda os mantos da Internazionale de Milão e do Brescia, onde encerrou a brilhante estrada no futebol, no ano de 2004.

Um exímio cobrador de faltas (ver link do Guardian!) e um craque sonhador, como mostrou em lindo discurso no Festival de Sanremo de 2013 – outra ótima lembrança de Leandro Stein e da Trivela.

“Abrace os seus sonhos e persiga-os. Os heróis do dia a dia são aqueles que dão sempre o máximo na vida.”

Sábio “Buda”. 

Tanti Auguri, Roberto!

Lances, jogadas e gols de Baggio:

Fontes e +MAIS:

– Wikipédia

– Wikipedia

– espn.uol.com.br

– uefa.com

– imortaisdofutebol.com

– corriere.it

– vanityfair.it

– ansa.it

– theguardian.com

– video.gazzetta.it

– goal.com

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